segunda-feira, 30 de julho de 2012

You're lost, little girl

Com todo esse frio, o fim de tarde cinzento, é você que deixa tudo mais suportável. Mesmo de longe ou sem notar, você torna tudo mais leve e agradável. "Sorrível". Eu poderia sentar do teu lado e ficar ali por horas, te cantar Cat Power e Bob Dylan, conversar sobre aquelas coisas banais ou ficar só ouvindo teu silêncio se difundindo com o meu. Você é o primeiro em muito tempo que faz eu me sentir uma completa imbecil por não conseguir controlar o que digo [you know you make me cry]. Você parece tão doce e inofensivo como um hamster, coelho ou qualquer um desses bichos apertáveis que todo mundo ama; tanto faz, não sou boa em comparações. Tudo pode parecer ótimo agora, mas como boa paranoica que sou, tenho um medo imenso de que tudo se inverta e de que você comece a acinzentar meus dias coloridos, sabe como é [Bancos azuis Vidros verdes No teto o céu, no meu lado ninguém]. Às vezes me parece que isso já está acontecendo aos poucos, e minha única reação é me recolher sozinha e ficar ouvindo The Doors, enquanto Morrison me lembra do óbvio cantando "you're lost, little girl". Eu só não quero me perder, e agora tudo parece tão grande em relação à mim. Talvez seja tudo drama meu, bobagem, imbecilidade, "falta de laço" como diria a senhora minha mãe. Talvez seja coisa da minha cabeça, mas eu realmente acho que se eu lembro de ti quando ouço Cazuza, não é por simples acaso. Eu só quero rir pra ti e receber de volta um sorriso sincero com teus olhos e dentes [Porque teu sorriso já trocou a cor Desde o dia em que resolveste crescer]. Ouvir Depeche Mode enquanto dividimos um chocolate amargo. Coisa assim, etc. e tal.

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