É verdade que nós dois sabemos que queríamos apenas uma amizade certa pra dar umas risadas, mas eu ainda tenho aquele colar que tu me deste e sei que tu ainda não te esqueceste daquela festa. Temos pleno conhecimento de que com o tempo a amizade/simpatia/seja-o-que-for mudou completamente, mas não temos inteligência ou vontade suficiente pra admitir. Tu me dizes que odeias Nirvana, e sabes que eu to pouco me fodendo pras tuas implicâncias. Não existe mais aquela cerimônia inicial e o palavrão já tá liberado (e as brigas também, convenhamos). Ninguém até agora achou a solução pro nosso/meu/teu problema que fica pairando pelas nossas cabeças como aquelas nuvens chuvosas de desenho animado que perseguem apenas uma pessoa (embora que no caso sejam duas; eu e tu). Eu não quero continuar do jeito que tá, mas tua opinião é completamente indiferente. O erro foi mútuo, mas por educação ou mesmo bom senso, te peço minhas sinceras desculpas. Se eu ainda não escuto ZZ Top, isso é só mais um problema meu. Se tu ainda não ouves Ramones, isso não é nada além de um problema teu. Com um sorriso no rosto pra disfarçar ou mesmo enganar uma porra de lágrima que tá brotando no meu olho, eu concluo que se a gente não tem solução, isso é só mais um problema de ninguém.
No dia seguinte nós vamos continuar olhando um pra cara do outro, sorrindo amarelo com aquela vontade de dar um passo a frente, mas nada vai acontecer porque tudo foi passado pro segundo (terceiro, quarto) plano. Eu vou continuar com preguiça de ouvir ZZ Top, tu também não vais ouvir Ramones. Com o tempo a gente finge que nada aconteceu e ainda dá umas risadas depois. Se algo fosse pra ter sido/acontecido/sentido/falado, já haveria sido ou deixado de ser. Embora que não possamos ter total certeza, mas agora isso não importa mais.
E não haverá qualquer alguém pra resolver o problema de ninguém, porque é muito mais fácil deixar estar.
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