Deves ser o primeiro a ler este texto, já que ele é pra ti, e logo que eu postá-lo vou mandar-te o link. Então...
Ontem foi véspera de Natal. Depois de toda aquela comida, reunião, etc. e tal, voltamos para casa. Na viagem eu comecei a pensar em tudo que passei nesse ano, então lembrei-me de ti. Me lembrei de tudo o que a gente fez em tão pouco tempo, de tudo o que falamos, sabe? E acreditas que eu - logo eu - fiquei com os olhos umedecidos? Não chorei porque estava com meus pais. E olha que eu seguro o choro muito bem. Tu fostes a pessoa que entrou mais rápido na minha vida. Quer dizer. Várias outras entraram assim, do nada. Mas tu fostes o único que continuou, o único que me cativou de verdade.
Eu nunca pensei que aquela amizade pequena que começou de uma forma tão idiota poderia tomar estas proporções. É (muito) difícil pra mim escrever isto. Sabes que eu não gosto de ser muito melosa ou sentimental, custo a falar algo... Bonito? Não sei o adjetivo. Mas... Tu sabes né? Sabes. Mas tu me ajudastes tanto, me marcastes tanto, me... Sei lá. Me sinto meio que na obrigação de fazer isto, digo, não uma obrigação ruim, me entendes?, uma obrigação boa, uma obrigação que mostra que eu tenho alguém em quem confiar e que merece minhas palavras. Tu és importante, e me custa dizer isso, acho até que tenho que guardar um pouco de meu (grande) orgulho numa caixinha por um tempo pra ter coragem de escrever. Não é vergonha, eu não tenho vergonha de nada contigo. É vergonha comigo mesma. Tenho medo de deixar meus sentimentos claros demais. Mas contigo é diferente.
Foi um ano difícil pra mim. E eu não sei o que teria feito sem ti.
E eu não digo isso pra ficar bonito nem nada. Foi um ano turbulento, demais até. Eu vivi coisas que aos olhos dos outros podem parecer insignificantes, mas que eu nunca pensei que aconteceriam, eu nunca imaginei o quão más as pessoas poderiam ser, e mesmo tão boas, eu nunca pensei que encontraria alguém assim, eu nunca pensei que me desencontraria com alguém assim, eu nunca...
Mas tu estavas lá.
Eu chorei, chorei muito. Chorei tanto que teve uma época (umas semanas, se não me falha a memória) que as lágrimas já não me saíam mais. Doeu. Mas (mesmo que de longe) eu tinha à ti pra me secar as lágrimas caídas e ajudar com as que não queriam cair. Tu fostes paciente, paciente de modo cujo apenas uma outra pessoa já havia sido (não falo de meus pais). Desabafos, risos, ligações de madrugada, segredos, bobagens, coisas importantes, um ombro, uma palavra amiga, tudo, para tudo eu tinha a ti. E tenho ainda, graças a Deus, ou a outra força maior da qual desconheço.
Entendes o que digo (ou quero dizer)?
São tantos parênteses, tantos poréns, vírgulas, tudo pra explicar algo tão grande, até me perco, talvez o texto fique confuso, mas acho que já estás habituado ao meu modo de escrever o suficiente para que entendas minhas palavras - até melhor que eu.
Obs.: Ainda me sinto piegas falando tudo isso.
Voltando ao ponto.
Eu não consigo sequer imaginar, colocar como hipótese, sugestão, nada, não consigo sequer pensar em te perder. Sabe? Eu, sei lá. Não saberia o que fazer além de desabar. Eu não posso te perder, entende? Não posso.
Então, obrigada. Por tudo. Por ser essa pessoa maravilhosa que tu és. Por não ir embora. Perdão pelas brigas, por minhas chatices, grosserias. Desculpa por qualquer coisa. Que nossa amizade continue em 2012 e ainda vá muito além disso. E sabes, sou muito ressabiada pra falar isso, me custa muito, sempre tenho medo que eu esteja exagerando, que eu seja nova demais pra falar algo tão grande, que. Mas de qualquer modo, saibas que eu te amo. Te amo, e muito. Eu nunca tive um amigo como tu. Obrigada, Henrique.
(E desculpa por escrever tanto. Escrevendo eu falo pra caralho né?)
Que nhonha *-*
ResponderExcluir"Uma completa clicherização do clichê."
Eu lendo esse texto pela 31ª vez.
ResponderExcluir"After all this time?"
"Always."