Nós nos separamos e fugimos demais para conseguir voltar ao que costumava ser. O desculpa-não-vai-acontecer-de-novo passou a não ser suficiente, e nenhum de nós encontrou outra coisa pra substitui-lo. E acabamos substituindo um ao outro.
Eu te vejo ir embora e acabo me afastando também. Eu já tentei salvar demais tudo o que parece partir, e nunca funcionou. Me pergunto se faz alguma diferença pra ti se eu me afastar de vez. E se vem alguém e toma teu lugar? Na verdade, acho que isso já aconteceu - ou quase. Mas vou ser sincera contigo: a vida não é feita de cargos, e uma amizade não pode ser substituída como uma roupa rasgada por outra nova em folha. Sempre sobram mágoas e arrependimentos, por mais que tentemos viver naquela coisa bonitinha de "no regrets". Eu posso até te tirar do centro das atenções, mas não te esquecer por completo e arrumar algum dublê pro teu papel. Até porque não existe um papel.
Eu só queria que tu entendesses uma coisa, guri. Eu não quero mais brigar, espernear, fugir ou correr atrás. Eu não quero mais brincar de gato e rato, não quero mais ficar batendo na mesma tecla. Eu quero tudo certo, tudo resolvido. Eu não quero mais reticências e vírgulas, mas sim pontos finais e novos parágrafos.
Uma hora, toda brincadeira cansa. E, ao que parece, a nossa chegou nesse ponto há mais tempo do que a gente pensa.
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